EU...CAÇANDO ESPIRITUALIDADE

" A vida é uma escuridão se não houver um impulso. Todo o impulso é cego se não houver o saber. Todo o saber é vão se não houver o trabalho. Todo o trabalho é vazio se não houver amor" (Hermes)

domingo, 28 de setembro de 2008

NINGUÉM SE SALVA SÓZINHO

A ilustrativa história de Kandata
Walter S.B., membro da SOCIEDADE TEOSÓFICA


Conforme a tradição budista, há cerca de 3 mil anos, um conhecido ladrão e mentiroso chegou ao fim de sua jornada terrena, depois de ter enganado muita gente. Conta a história que sua alma foi então para as regiões onde se aglomeram por afinidade, na parte mais baixa do astral, os seres que viveram na terra um grosseiro materialismo. Ali, durante séculos, o ladrão suportou agonias tremendas, corroído pelos remorsos. Sofria sem esperanças até que, um dia, o Senhor Buda começou a pregar na Terra a doutrina da verdade e da fraternidade.
Segundo a tradição, naquele momento um raio de luz divina iluminou, fugazmente, a humanidade toda e chegou até mesmo à região onde se encontrava Kandata, o delinqüente. Um pressentimento de fé e esperança nasceu então em seu íntimo. Havia percebido amargamente a inutilidade de sua falsa inteligência. Queria buscar aquela luz. E disse, então: "Ah, Senhor abençoado, sofro profundamente, porque vejo e revejo sempre todo mal que fiz. Quero melhorar e entrar no caminho, seguindo o ideal, mas não tenho força. Ajuda-me!"
Conforme antiga doutrina, as más ações se autodestroem, enquanto as boas geram frutos que se multiplicam. Respondendo ao apelo de Kandata, uma voz - que parecia vir de dentro - então lhe perguntou: “Kandata, será que algum dia, durante tua última vida, fizeste uma boa ação, por menor que seja? Ela pode ajudar-te, agora, a sair do estado lamentável em que estás. Mas para isto, terás também que abandonar, de agora em diante, todo egoísmo".
Kandata curvou a cabeça e ficou pensativo. Revisou outra vez toda sua vida cuidadosamente, procurando uma boa ação. Foi difícil achar alguma. Até que lembrou de algo e disse: "Um dia eu andava pelo bosque e decidi não pisar em uma pequena aranha, porque tive pena dela. Pensei que aquele pobre animal era fraco e não fazia mal a ninguém. Para que iria matá-la?".
Houve um momento de silêncio, como se um ser compassivo pesasse os sofrimentos de Kandata. Então, como por milagre, apareceu diante dele uma aranha suspensa por um fio. "Agarra este fio e sobe por ele. Ele te sustentará", explicou a voz. A aranha desapareceu. O homem agarrou-se ao fio, aparentemente frágil, e começou a subir.
Fino, mas forte, o fio da aranha resistia. Kandata seguia subindo. O inferno já estava lá embaixo, quase longe, quando o homem sentiu o fio estremecer. Kandata olhou para baixo e viu, então, que outros homens, ex-companheiros de miséria, haviam agarrado o mesmo fio e começavam a subir por ele. Queriam libertar-se dali também. Kandata ficou aterrorizado. Temia que fio se rompesse.
O fio resistia, agora, ao peso de várias pessoas, e esticava cada vez mais. Kandata já não olhava para cima. Preocupava-se sempre com a resistência do fio que já sustentava tanta gente e olhava para baixo, enquanto se movia para cima. Até que o medo egoísta tomou conta da sua consciência e ele gritou: "Este fio de aranha é meu. Larguem todos vocês esta esperança de salvação, que pertence apenas a mim". No mesmo instante, o fio de aranha partiu-se e Kandata caiu de volta ao abismo, junto com o grande cacho de seres humanos que estava pendurado no fio de aranha, na esperança de sair daquela região de dor.
A moral da história é tão clara, que fica a cargo de cada um. O sentido da fraternidade, contudo, ressalta dela, como base da Vida Una, ligando todos os reinos da natureza. No universo somos todos interdependentes - do pequenino átomo às consciências estelares - todos fazendo parte da imensurável consciência divina, dispersa em seus infinitos corpos e em suas infinitas faces. Ou seja, “ninguém se salva sozinho”.

Os anjos podem mudar sua vida

Os Anjos podem mudar sua vida. E tudo o que terá de fazer é pedir que eles o ajudem. Apenas isso. Vamos considerar alquimicamente essa decisão, analisando suas quatro condições necessárias: querer, poder, saber e ousar.

Querer - Dou como certo que você quer entabular essa comunicação e que deseja realmente pedir ajuda aos planos superiores da existência. O querer é o motor de tudo. E se esse motor falhar ou inexistir, não haverá possibilidade de atingirmos a meta nem de obtermos resultado algum, por muito que essa meta e esses resultados tão desejados estejam nos esperando após a primeira curva do caminho.

Poder - todos podemos. Nem mesmo o fato de não se acreditar na existência dos Anjos será um impedimento para recorrermos a eles e nos beneficiarmos de sua ajuda. É mais do que certo que o poder da fé é enorme e que ela "move montanhas", mas nesse caso seu papel - embora ajude a estabelecer a comunicação - não é primordial. Não estamos aqui tratando de nenhum tipo de "auto-ajuda", "auto-programação" ou "auto-hipnose", mas sim de pedir - e obter - o auxílio de seres tão reais como nós, mesmo que nossos sentidos não sejam capazes de percebê-los.

Saber - na realidade, não existe protocolo nem normas estabelecidas. Qualquer chamada, qualquer tentativa de nos dirigirmos a eles que seja sincera e parta do coração chegará, será ouvida e atendida. No entanto, para evitar interferências é bom ter as seguintes recomendações em mente, que não passam de leis universais aplicadas a este caso em particular.

1. Evitar a pressa e a precipitação. Mesmo que as chamadas urgentes e desesperadas sejam prontamente atendidas, o contato com nosso Anjo da guarda - ou qualquer outro - se realiza melhor em uma atmosfera de calma e tranquilidade, tanto interior como exterior.

2. Lembrar-se sempre do imenso poder criativo da palavra. A fala inconsciente e ociosa contém sempre um perigo, e esse perigo se multiplica por mil quando os termos empregados têm uma carga transcendente ou divina. Na Religião judaica, a proibição de pronunciar o nome de Deus não precisa de justificativa. Até hoje, nos países de língua francesa, a expressão Nom de Dieu!, que para nós soa muito inocente, é considerada uma das piores blasfêmias a ser pronunciadas. E precisamente um dos mais frequentes abusos das palavras são as blasfêmias e as maldições. Por isso é conveniente evitarmos a companhia daqueles que costumam contaminar o espaço com palavras ociosas, para que a energia positiva não se distancie dali. É importante abster-se do emprego inconsciente daqueles termos que se referem ao mais sagrado: Deus, Jesus, a Virgem e todas as combinações de letras que nos ligam, de um modo ou de outro, aos planos superiores. O uso dessas palavras sempre provoca um efeito, e sua utilização em momentos de cólera ou rancor tem a mesma consequência de jogar uma pedra para o alto e ela, ao cair, atingir nossa própria cabeça. Tudo irá melhor na nossa vida se reservarmos as palavras importantes para momentos importantes.

3. Empregar sempre o tempo presente em nossos pedidos. No mundo dos Anjos não existe passado nem futuro; o sábio sufi Nasafi escreveu há mais de 1300 anos: "Os Anjos estão no mundo invisível, eles mesmos são o mundo invisível. Nesse mundo não há ontem nem amanhã, nem passado nem ano presente nem próximo ano. Indiferentemente, 100mil anos passados e 100 mil anos futuros estão presentes. Já que o mundo do invisível não é o mundo dos contrários, a oposição é apenas um produto do mundo visível. O tempo e a dimensão temporal existem somente para nós, filhos das esferas e das estrelas, habitantes do mundo visível. No mundo invisível, não há tempo, nem dimensão temporal. Tudo o que existiu, existe e irá existir, está sempre presente". Portanto, devemos nos esforçar para não utilizar o passado e o futuro em nossos pedidos, a fim de evitarmos que seja difícil para o nosso Anjo captá-los. Lembre-se de que ele só conhece "o agora".

4. Expressar-se sempre de uma maneira positiva. Por exemplo, jamais devemos pedir: "Que eu não perca meu emprego" ou "Que meu marido não morra", e sim, pedir aquilo que de fato desejamos, de forma simples e direta: "Manter nosso trabalho" ou "que meu marido tenha sempre saúde e que o amor reine em nosso casamento". Ao utilizarmos frases negativas, mesmo que de maneira inconsciente, já estaremos imaginando a perda, a derrota, e será isso o que transmitiremos aos planos mais sutis da realidade e aos seres que atenderão às nossas súplicas; como consequência, é bem provável que seja isso o que obteremos no final.

5. Considerar o assunto terminado, até incluindo no pedido agradecimentos por já ter sido resolvido o problema apresentado. Essa é a forma mais efetiva de eliminar as dúvidas, que com certeza também seriam transmitidas, criando obstáculos em todo o processo. Trata-se de evitar por todos os meios que, enquanto nos dedicamos a fazer o pedido da melhor maneira possível, nossa mente esteja, na realidade, transmitindo: quero isto, mas não tenho muita certeza de que este pedido servirá para algo. Qual das duas idéias os Anjos deverão captar?

6. Sermos muito cuidadosos, pois receberemos exatamente aquilo que estamos solicitando, com toda uma série de implicações- inerentes ao fato ou ao objeto desejado - que talvez não consigamos imaginar. Convém compararmos as circunstâncias e as situações da vida com uma moeda: é impossível ter uma moeda com apenas uma face. Quem quiser possuí-la, forçosamente terá a moeda com duas faces.

7. Sermos claros e concisos, evitando as incongruências. Os Anjos não gostam de ouvir bobagens. Nunca devemos cair no absurdo de brincar com orações, como, por exemplo: "Senhor, dai-me paciência, mas a quero já"; nem de fazer pedidos malucos como o de um marido que deseja que a esposa lhe seja fiel, enquanto ele a trai com diversas amantes; nem de ter falsas atitudes como a de um ladrão profissional que assiste à missa e comunga todos os dias antes de iniciar sua jornada de "trabalho".

8. Finalmente, é importante dar as graças. Isto fecha e conclui o ciclo. A ação de agradecer consolida o favor obtido e nos confere título de propriedade sobre ele. Omitir o agradecimento é deixar aberto um círculo, pelo qual a energia pode escapar deixando efeitos indesejados.

Ousar - o passo mais decisivo é ousar a abordagem de um tipo de comunicação e de relação totalmente diferente. O primeiro passo é ousarmos pensar que, mesmo que nosso sentidos não captem os Anjos, existe a possibilidade de que sejam uma realidade e de que uma comunicação deles conosco é perfeitamente possível. Quem já possui essa crença precisa evitar acreditar que se trata de algo próprio de sua Religião. Não é assim. Estamos falando de uma realidade que supera e transcende todas as religiões. Por isso é conveniente desprender-se de todo sentimento de exclusividade religiosa. De imediato, devemos deixar de nos sentirmos privilegiados porque professamos a "verdadeira" religião. Todas as religiões são verdadeiras para seus seguidores e todas são falsas para os demais. A crença que nossa religião é verdadeira e as demais falsas será apenas um obstáculo no caminho do nosso progresso espiritual - e da nossa salvação -, um obstáculo que, mais cedo ou mais tarde, teremos de eliminar.

Os que não acreditam que os Anjos existem - e que eles desejam nos ajudar - deverão adotar essa possibilidade como uma hipótese de trabalho, e pensar que se a existência dos Anjos é real, essa realidade terá de ser muito mais forte que qualquer bloqueio originado por sua incredulidade, e capaz de vencer tal bloqueio e de manifestar-se, senão de uma maneira sensível - dadas as limitações dos nosso sentidos -, com fatos, pois, no fim das contas, são esse que nos interessam. Temos que nos atrever a iniciar uma comunicação com os anjos e lhes pedir ajuda, porém mantendo a mente totalmente aberta, sem querer forçosamente encurralá-los com nossas idéias preconcebidas.

"Peçam, e lhes será dado! Procurem, e encontrarão! Batam, e abrirão a porta para vocês! Pois todo aquele que pede, recebe; quem procura, acha; e a quem bate, a porta será aberta. Quem de vocês dá ao filho uma pedra quando ele pede um pão? (Mateus 7,7-9)

OS TRÊS ÚLTIMOS DESEJOS DE ALEXANDRE O GRANDE

OS TRÊS ÚLTIMOS DESEJOS DE ALEXANDRE O GRANDE
Quando à beira da morte, Alexandre convoca seus Generais e seu Escriba e relata a estes seus três últimos desejos:

1 - Que seu caixão seja transportado pelas mãos dos mais reputados Médicos da época;

2 - Que seja espalhado no caminho até seu túmulo, seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas... );

3 - Que suas duas mãos sejam deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus Generais, admirado com esses desejos insólitos, pergunta a Alexandre a razão destes. Alexandre explica então:

1 - Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão, para mostrar aos presentes que médicos NÃO têm poder de cura nenhum perante a morte;

2 - Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros p/que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;

3 - Quero que minhas mãos balancem ao vento, para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos, de mãos vazias partimos.

A REALIDADE REALMENTE EXISTE?







Nem as cores existem na natureza nem nossa mente reflete fielmente os que nos rodeia. A realidade é proporcional ao número de seres humanos, posto que o que cada um percebe é filtrado e deformado pelos sentidos objetivos e a mente subjetiva.




O mundo visual que nos rodeia é uma ilusão? É verdade que as cores não existem na natureza? Nosso cérebro reflete fielmente a realidade exterior? As respostas a essas perguntas demonstram que a realidade é um conceito bastante subjetivo, já que muitas das coisas que observamos não existem ou, pelo menos, não são como as enxergamos.



O coquetel de estímulos provenientes do interior e do exterior de nosso corpo e que captamos por meio dos cinco sentidos varia sutilmente de uma pessoa para outra, já que a estrutura, as diferenças e as alterações dos órgãos sensoriais de cada um fazem com que, por exemplo, vejamos e escutemos de forma diferente, tanto que não exitem duas percepções iguais do real.



Se essa percepção objetiva, por sua vez, é alterada pela interpretação subjetiva do que somos, acontece e nos rodeia, com base em nossa bagagem de aprendizados e experiências, podemos concluir que a realidade é algo tão pessoal e único como as impressões digitais.



Segundo o neurocientista Francisco J. Rubia, autor do livro "¿Qué sabes de tu cerebro?" ("O que seu cérebro sabe"), "antigamente se achava que o cérebro refletia de forma fidedigna o mundo exterior, mas, a cada dia, parece mais evidente que o cérebro é um mundo fechado que traduz os estímulos externos para a linguagem disponibilizada pelas estruturas cerebrais, dando uma versão interna ou uma representação da realidade exterior".



O mundo visual é uma ilusão?



É o que parece. As imagens, que se formam nas duas retinas dos olhos, são distorcidas, pequenas e invertidas. Além disso, o poder de resolução do olho é limitado e disforme, já que, fora do ponto de maior acuidade, é baixo e a retina é praticamente cega para as cores.



O olho, além disso, se movimenta constantemente de um ponto para outro do campo visual, de três a quatro vezes por segundo, o que faz o órgão criar um montão de novas imagens.



Por outro lado, é conhecida a importância da atenção para a percepção de qualquer sensação: por exemplo, se não temos atenção, não vemos.



Além disso, o cérebro "completa" a percepção das coisas que não são vistas, como a visão de um cachorro inteiro atrás de uma cerca, embora só vejamos partes do animal.



Mas, talvez o mais importante, seja constatar que muitas das coisas que vemos são criações do cérebro. As chamadas "ilusões óticas" são inúmeras e dizem "a gritos que o cérebro vê o que quer ver, por isso somos incapazes de captar o que costumamos chamar de 'realidade'".



As cores não existem. A natureza não tem mais que diferentes comprimentos de onda. A audição, a visão, a percepção da cor ou do som... Tudo depende do nosso cérebro e da organização espacial das estruturas que processam esses estímulos.



Além disso, o processamento cerebral das características ou propriedades dos diferentes estímulos do ambiente, como a qualidade, a intensidade, sua estrutura temporária e local de procedência, podem variar, devido às estruturas e células nervosas que os recebem e transportam.



Na visão cromática, intervêm receptores que captam os diferentes comprimentos de onda do espectro electromagnético (azul-violeta, verde, e amarelo-vermelho) e células que produzem as sensação de contraste entre as cores.



No final de todo o processo, o cérebro atribui uma determinada cor à atividade dos receptores e de todas as células que há até a informação chegar a um região denominada córtex visual. Mas um comprimento de onda não se transforma no cérebro em uma determinada cor. Não há uma correlação clara entre as duas coisas.



Presos dentro de nós mesmos



Nosso cérebro, então, reflete a realidade exterior? Para Rubia, esta pergunta tem um categórico "NÃO" como resposta.



"Existe uma realidade exterior, mas tudo o que vemos, ouvimos, cheiramos, sentimos está dentro de nós mesmos. É o próprio cérebro que está sempre falando com a gente", destaca.



Segundo o cientista, "graças às transformações que os receptores dos estímulos externos realizam, graças à tradução dos estímulos físicos para a linguagem cerebral dos impulsos nervosos, fazemos com que surja essa realidade, esse mundo que não está fora, mas dentro do cérebro".



A tradução deve ser boa, porque, caso contrário, não teríamos nos adaptado tão satisfatoriamente ao nosso entorno. Porém, estamos presos dentro do nosso cérebro, e qualquer pensamento sobre a captação da realidade é pura ilusão, diz o especialista.



Omar Segura

A existência de Deus



Cosmólogo recebe prêmio defendendo existência de Deus.
BBC Brasil
15/3/2008


Um padre e cosmólogo polonês que sustenta a possibilidade de comprovar matematicamente a existência de Deus é o vencedor do mais polpudo prêmio acadêmico do mundo.
O professor Michael Heller, 72, de formação religiosa, com estudos em filosofia e doutorado em cosmologia, receberá em maio, em Londres, o prêmio Templeton, outorgado pela fundação homônima de estudos religiosos sediada em Nova York. O valor da premiação é de 820 mil libras esterlinas (cerca de R$ 2,87 milhões).

Os trabalhos mais recentes de Heller abordam a questão da origem do universo debruçando-se sobre aspectos avançados da teoria geral da relatividade, de mecânica quântica e de geografia não-comutativa.

'Vários processos no universo podem ser caracterizados como uma sucessão de estados, de maneira que o estado anterior é a causa do estado que o sucede', explicou o próprio Heller em um comunicado divulgado por ocasião do anúncio do prêmio.

'Ao questionar (a causalidade primeira) não estamos apenas falando de uma causa como qualquer outra. Estamos nos perguntando sobre a raiz de todas as possíveis causas', disse.

Ele rejeitou a idéia de que religião e ciência são contraditórias. 'A ciência nos dá o Conhecimento, e a religião nos dá o Sentido. Ambos são pré-requisitos para uma existência decente'.

'Invariavelmente eu me pergunto como pessoas educadas podem ser tão cegas para não ver que a ciência não faz nada além de explorar a criação de Deus.'

Críticas

Alguns céticos atacam a Fundação Templeton por sua inclinação a favor de ideologias conservadoras da religião.

Um dos principais críticos à instituição é o biólogo evolucionista Richard Dawkings, que já descreveu o prêmio Templeton como 'uma soma de dinheiro muito grande que se concede normalmente a um cientista disposto a falar coisas boas da religião'.

Para os jurados, Heller mereceu o prêmio por desenvolver 'conceitos precisos e notavelmente originais sobre a origem e as causas do universo, muitas vezes sob intensa repressão governamental'.

A biografia do filósofo e cosmólogo polonês diz que ele foi perseguido sob a era soviética, cuja ideologia comunista abertamente atéia ia contra o perfil católico conservador dominante no país.

Heller conhecia o Papa João Paulo 2º, nascido polonês sob o nome de Karol Wojtyla, que personificou a reação da Igreja Católica contra o avanço do comunismo nos países do Leste Europeu.

'Apesar da opressão das autoridades comunistas polonesas a intelectuais e padres, a Igreja, impulsionada pelo Concílio Vaticano 2º, garantiu a Heller uma esfera de proteção que o permitiu alcançar grandes avanços em seus estudos', diz sua biografia.

Heller disse que usará o dinheiro do prêmio Templeton para financiar futuras pesquisas.